Desmascarando o Livro de Judite
Desmascarando o Livro de Judite

O Livro de Judite, é inspirado por Deus? 

Judite

 

Judite, a protagonisnta desta história, que da seu nome ao livro, foi uma judia, que usou de uma estratégia para salvar seu povo do cerco feito por Holofernes, um "comandante" de um exército de Nabucodonossor.

Este livro também tem datação de 200 a.C, portanto, no período intertestamentário, quando o Senhor ficou 400 anos sem falar com seu povo.

Neste livro, se desenrola a história de uma piedosa viúva que sai de Betúlia, cercada por um exército adversário, e dirigia-se ao acampamento dos soldados inimigos, onde com sua beleza, envolve o comandante Holofernes, que se embriagou durante um banquete e teve sua cabeça cortada pela heroína desta história. 

Segundo, Jerônimo, que traduziu a Vulgata latina, afirma que este livro não é canônico, e mostra em seus escritos, que os judeus classificaram este livro como apócrifo. Além disso, nada consta no livro História dos hebreus, do historiador Flávio Josefo, sobre o livro de Judite, o que seria extremamente estranho se a obra fosse, de fato, expressão de uma história verídica. Só pelo fato da falta de historicidade deste livro, é um elemento suficiente para deixá-lo fora do canôn.

Com a falta de historicidade deste livro, adicionado com os problemas geográficos, que o autor deste livro comete, já de início dizendo que a história se passa no décimo segundo ano de Nabucodonosor, rei dos assírios, em Nínive, numa época depois do retorno dos judeus do exílio. É um disparate imenso, visto que este rei era babilônico e foi sob sua regência que ocorreu o exílio de Judá (2Cr 36.18-20) 

Vamos ver o que a Bíblia de Jerusalém, católica e de estudo, diz na introdução deste livro, sobre o rei Nabucodonosor ter reinado em Nínive. Diz asssim a introdução desta Bíblia:

"O livro de Judite, sobretudo, manifesta uma soberba indiferença pela história e pela geografia. O relato é situado no tempo de "Nabucodonosor, que reinou sobre os assírios em Nínive" (Judite 1,1); ora, Nabucodonosor foi rei da Babilônia, e Nínive fora destruída por seu pai Nabucopolassar. Por sua vez, o retorno do exílio, no tempo de Ciro, é apresentado como algo que já se realizou (Jt 4.3 e 5.19) (Bíblia de Jerusalém)

A cidade de Betúlia, que é mencionada no livro e desenrola a história, é desconhecida. Tem falta de harmonia com os livros canônicos e é visível a qualquer um que faça uma simples leitura histórica. 

A nota de roda pé, da Bíblia de Jerusalém, pagina 682 letra "b" diz que " Nabucodonosor, rei da Babilônia (604-562 a. C), nunca foi chamado "rei da Assíria" e nem reinou em Nínive, destruída em 612 por seu pai, Nabucopolassar. 

Daí, vem uma pergunta: O Espírito Santo de Deus, inspiraria alguém a errar o local do reinado de Nabucodonosor, sendo que o Espírito Santo não erra, não se engana e não se deixa enganar? Acho que os católicos deveriam pensar neste asundo melhor, pois, o Espírito Santo é Onisciênte e não conduziria o homem ao erro.

Outro ponto que chama a atenção, de como este livro não tem inspiração divina, é em Judite 5.6, que diz: 

Esse povo é descendente dos caldeus (Judite 5.6) 

Como pode isso??? os caldeus são o povo babilônico, e não o povo israelita. Em Daniel 1.1-4 relata que Nabucodonosor sitiou Jerusalém, e o Senhor entregou o rei Jeoaquim nas suas mãos, e levou alguns vasos da casa de Deus. O chefe dos eunucos trouxe alguns dos filhos de Israel, mancebos sem defeito, formosos, e instruídos em toda sabedoria, para que fossem ensinados na letras e na língua dos caldeus (Daniel 1.4). Portanto o povo caldeu, citado em Daniel 1.4, era o povo babilônico. 

Mais a frente em Judite 5.12-13 - outro erro grave, e que o Espírito Santo não erraria - fala que os egípcios expulsaram o povo de Israel de suas vidas e que Deus secou o mar Vermelho diante deles. 

Judite 5.12 Então os egípcios expulsaram-nos da suas vidas. Deus secou o Mar Vermelho diante deles, e conduziu-os pelo caminho do Sinai e de Cades. 

Em Êxodo 12.51 diz: Naquele mesmo dia, tirou o Senhor os filhos de Israel do Egito, segundo as suas turmas. E em Êxodo 13.17 diz: Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus...

Se Deus tirou o povo de Israel do Egito, e Faraó deixou o povo ir, e Deus abriu o mar - não secou-; como o livro de Judite 5.12-13, pode estar em desarmonia com Êxodo 12.51; 13.17? Mais uma vez é comprovado que este livro, não é inspirado, já que o Espírito Santo é o inspirador das Escrituras Sagradas, e conhece passado, presente e futuro.

Mais a frente em Judite 6.5 fala que esta raça (dos israelitas) fugiu do Egito. Veja o texto:

Tu, porém, Aquior, mercenário amonita, que dissestes essas palavras no dia de tua iniquidade, a partir de hoje não verás a minha face até até que eu me vingar dessa raça que fugiu do Egito.(Judite 6.5)

Como assim, fugiram? Os textos acima citados mostram nítidamente que Deus os tirou do Egito.

Outra parte que faz com que os olhos saltem de tanta falta de coerência, é Judite 9.10 que diz o seguinte:

Pela sedução dos meus lábios abate o escravo com o chefe; e o chefe com o que lhe serve; esmaga, o seu orgulho pela mão de uma mulher.(Judite 9.10)

Nesta passagem, mostra a oração de Judite, que aponta ao Senhor o meio imoral pelo qual a batalha seria vencida. O significado de seduzir é: inclinar artificiosamente para o mal ou para o erro, desencaminhar; enganar ardilosamente; desonrar, recorrendo a promessas, encantos ou amavios, entre outras definições.

Todas as definições possuem teor imoral, e a sedução evocada no texto, não pode ser endossada pelo Deus Santo de Israel que, a propósito, jamais precisou usar a formosura de uma mulher para lutar por seu povo e obter vitórias.

A sedução , o engano e a mentira são expressão de um comportamento inclinado para o mal, tanto que , invariavelmente, estão relacinadas a Satanás(2 Ts2.11; 2 Jo 1.7; Ap 12.9; 20.10) Logo, este expediente de Judite e, inserido numa oração, já seria  o suficiente para rejeitar a canonicidade deste livro.     

Em Judite 11.5, Judite demonstra compromisso em falar a verdade a Holofernes, mas isso não ocorre.

Veja o versículo:

Respondeu-lhe Judite: "Acolhe benigno as palavras da tua serva, e permite que fale em tua presença. Não proferirei inverdade ao meu senhor nesta noite.

Judite usa uma atitude que Deus reporva, a mentira, pois disse que não usaria de inverdade para com ele. Nos versículos seguintes ela o ludibria com uma grande sequência de mentiras. Mas como se pode notar, pelo enredo da história, Judite tem em mente o objetivo de matar Holofernes, porém o ilude dizendo-lhe que Deus a enviou para que realizasse com ele grandes obras que maravilhariam o mundo inteito(Judite 11.16)

Ela também disse a Holofernes que o "conduziria até Jerusalém e o colocaria no trono no meio dessa cidade"(Judite 11.19). O Texto diz que essas palavras agardaram a Holofernes(Judite 11.20) - o que não poderia ser diferente -, e na primeira oportunidade que Judite teve, com poucos dias que foi acolhida no acampamento, assassinou Holofernes de uma forma sangrenta e brutal, validando a sua estrtégia mentirosa que arquitetou, supostamente, com a "aprovação" do Senhor.

Ela o golpeou por duas vezes, na nuca, cortando-lhe a cabeça(Judite 13.9). Mas o problema aqui, é o fato de que o Senhor Deus de Israel, Onipotente, Soberano, em hipótese alguma, precisou de mentiras para vencer seus inimigos, pois sabe-se que quem faz uso da mentira, é Satanás, e esse é seu expediente, e é o pai da mentira e homicida desde o princípio(João 8.44)

Este outro fato que está relatado em Judite 16.18 que diz assim:

Quando chegaram a Jerusalém, adoraram a Deus e, uma vez purificado o povo, ofereceram seus holocaustos, suas vítimas espontâneas e seus dons.

Vítimas espontâneas? como assim? Em todo o Antigo Testamento, o holocausto (sacrfício) era feito com animais, e não com pessoas, e ainda se entregando expontâneamente para morrerem sacrificando suas próprias vidas, como o texto acima deste livro dá a entender. O povo de israelita, jamais fez coisa igual. Jamais, o Senhor, Altíssimo, e que ama o ser humano, pediria para dar em sacrifífio pessoas.  

Só espero que não me digam que já aconteceu isso, e com Abraão quando Deus pediu para que Abraão sacrificasse Isaque. Só tem um porém que define tudo. Em Judite 16.16, o que se entende é que essas "vítimas espontâneas" morriam, e no caso de Abraão e Isaque, Deus fez um teste com Abraão, para ver até onde ia sua fé, mas Deus não o permitiu continuar(Gênesis 22.11-12)  

Povo católico romano, entendam que Deus, jamais erra em suas obras. Esqueceram que Ele é perfeito? Deus não escreve certo por linhas tortas, pois, seus caminhos são todos retos.

 

Cai a farsa Romanista

Por: Willian Furtado

22/10/2014